1 In t r o d u z i o n e Al da M e r i n i , c e l e b r e s c r i t t r i c e i t a l i a n a , a f f e r m a : « L a po e s i a è l a pe l l e de l po e t a » . 1 P r o pr i o c o m e l o s t a to de l l a p e l l e è i n d i c e de l b uo n o c a tt i v o f u nz i o n a m e n t o dell’organismo, così la poesia è indice di ciò che il poeta custodisce dentro di sé . L a creazione poetica di Guillaume Apollinaire è l’esempio perfetto della veridicità
dell’aforisma. L’animo tormentato dell’artista, frutto di traumi, perdite e mancanze, da
un a pa r t e , e que l l o gioioso e leggero dall’altro, è vi s i bil e n e l l e s ue po e s i e . I l s e gue n t e e l a b o r a to è de di c a t o a l « r i r e » n e g li A lcools di A po l l i na i r e , s i n o nim o d i l e gge r e z z a e vi o l e n za , c h e n o n s o n o a l t r o i l r i f l e s s o, o l a pe ll e , de l l a c o n d i z i o n e e m o t i va de l po e t a . L a v o l o n t à di t r a tt a r e que s to a r g o m e n t o e m e r ge da ll’ a m o r e m a t ur a to v e r s o l a l e t t e r a t u r a francese durante il percorso universitario grazie all’aiuto di esperti che ha nn o de di c a t o l a l o r o v i t a a l s a pe r e um a ni s t i c o . Da l l o s t udi o de l po e t a Gui ll a u m e A po l li na i r e è r i s u l t a t o e vi de n t e i l d e s i de r i o d i l e gge r e z z a a ll a b a s e de l l a s ua c r e a z i o n e po e t i c a . D a qu i n a s c e i l de s i de r i o d i a ppr o f o n d i r e , i n pa r t i c o l a r e , «l e r i r e » , a s pe tt o m e s s o p o c o i n l uc e n e l c o r s o de g l i a nni . L’obiettivo dell a r i c e r c a è d i a n a li z z a r e , u n a v o l t a m o s t r a t a c o m e l a po e s i a m o de r n a d i A po l li na i r e s i i s c r i va i n un c o n t e s to s to r i c o , c ul t ur a l e e l e t t e r a r i o n uo v o , c i o è g l i i n i z i de l XX s e c o l o , c o m e «l e r i r e » d ell’artista r i e c h e gg i n e ll a r a c c o l t a po e t i c a A lcools , a tt r a v e r s o l’utilizzo c h e il po e t a f a de ll a s t e s s a pa r o l a « r i r e » , c o n i s uo i de r i va t i , d i i mm a g i n i e d i a r t i f i c i li ngu i s t i c i c he s us c i t a n o i l r i s o n e l l e t to r e . E , n o n m e n o i m po r t a n t e , s i d e s i de r a m e t t e i n r i s a l t o i l c o n c e t to a m bi va l e n t e di « r i r e » , da un a pa r t e l e gge r o e dall’altro vi o l e n t o .
I n s o m m a , s i v uo l e d i m o s t r a r e qua n to «l e r i r e » d ’ A p o l li na i r e s i a u n a r go m e n t o di n o t e v o l e i n t e r e s s e , po i c h é a n c h e a t t ua l e . L a t e s i è i l r i s u l t a t o di u n a r i c e r c a a ppr o f o n d i t a de l m o n do p o e t i c o d e l l o s c r i t to r e , pr i m a dell’esperienza della guerra, attraverso l a l e tt ur a e l a r i f l e s s i o ne c r i t i c a de ll a r a c c o l t a d i po e s i e i n que s t i o n e , e s a mi na n do a tt e n t a m e n t e a l c u n e po e s i e s pe c i f i c he , e i l c o nf r o n to c o n s a gg i , r i vi s t e e t e s t i c r i t i c i , c o n s i de r a t i e s e m p l a r i ne l l o s vil uppo de l tema dell’elaborato .
1 h t t ps : / / w w w . a l da m e r i ni . i t / ? pa ge _i d= 10 588 (c o n s ul t a t o i l 20 \ 10 \ 22)
2 A d e s e m p i o , s i è l e tt a i n t e gr a l m e n t e l a c e l e br e r i vi s t a L’Esprit nouveau: revue
internationale d’esthétique, l’edizione del 1924 che venne dedicata all’artista. I n o l t r e , s i
è c e r c a to, i n da g a n do n e l l a s to r i a de l l a l e tt e r a t ur a f r a n c e s e , di c o g l i e r e a s pe tt i i n c o m u ne t r a i l po e t a e a r t i s t i c o m e R a b e l a i s , c o n s i de r a t o e c c e z i o n a l e pe r l a l e tt e r a t ur a m e d i o e va l e .
È a v v e n ut a , a n c o r a , un a c o n s u l t a z i o n e c o n t e s t i d i s ur r e a l i s t i , c o m e B r e t on , e di f il o s o f i ,
c o m e N i e t z s c h e . I l pr i m o c a p i t o l o tratta della leggerezza dell’artista. Si parte da commenti dei suoi
c o n o s c e n t i e d a m i c i , qua l i a d e s e m p i o F r a n c i s P i c a bi a e He n r y He r t z , n e l l a r i vi s t a E s pr it nouv e au , e t e s t i m o ni a n z e d i e v e n t i po c o f o r t un a t i de l l a s ua vi t a , a l f i ne d i t r a c c i a r e il c a r a tt e r e a m bi va l e n t e de l po e t a , d o v e pe r ò r i s a l t a il de s i de r i o d i r e n de r e l e gge r o t u tt o c i ò c h e d i pe s a n t e gl i a c c a de . I n s e gu i t o , vi e ne e s po s to i l r i t r a tt o c h e S a vi n i o f a dell’artista
c o m e po e t a « d i n do n» , i mm a g i ne c he s us c i t a un a c e r t a i l a r i t à m a c h e f a c o m pr e n de r e qua n t o l a po e s i a s i a vi t a l e e d e l e vi i l po e t a a d un o s t a to s upe r i o r e , di l e gge r e z z a , r i s pe t to a l m o n do v o l ga r e . P o i , do p o a v e r i n qua dr a t o l a po e s i a d i A po l li na i r e i n u n c o n t e s to n uo v o, gli inizi del XX secolo, si passa all’analisi delle poesie «Cortège» e «Lul de Fantenin»
c h e b e n de s c r i v o n o i l r uo l o de l po e t a , c o m e po r t a to r e di l uc e e di c r e a t o r e , a l pa r i d i D i o ,
e de l l a po e s i a , pe r c e p i t a dun que c o m e a tt o s a c r o. L a l e gg e r e z z a de l po e t a è e vi de n t e da l l a c a pa c i t à d i e s s e r e c o n t e m po r a n e a m e n t e i n c i e l o , i n t e r r a , n e i m a r i . I l s e c o n do c a pi t o l o a n a l i z z a l a f e n o m e n o l o g i a de l r i s o n e g l i A lcools . I n pr i m o l uo go , s i o s s e r v a c h e , dopo un’accurata ricerca, l a pa r o l a « r i r e » c o n i s uo i de r i va t i è be n pr e s e n t e t r e n t a v o l t e i n v e n t i po e s i e , s e n z a t e n e r c o n to di f r a s i o m o d i d i d i r e c h e s us c i t a n o i l r i s o i n c hi l e gge . I nf a t t i , a ttraverso l’approfondimento di «Palais» e «Voie lactée ô sœur
l u mi ne us e » , s i m e t t e i n r i s a l t o l a f u n z i o n e c h e « le r i r e » può a v e r e pe r s f u m a r e o r i dur r e l a pe s a n t e z z a n ell’animo del poeta. In secondo luogo, tenendo presente l’ A nthol ogie de l’humour noir d i B r e to n , c i s i c o nc e n t r a s u un a l t r o a s pe t to « du r i r e » . Da l l’analisi dei versi
77 – 80 di «Z o n e » , d i «1909», «Poème lu au mariage d’André Salmon», «Beaucoup de
c e s d i e u x o n t pé r i » e « Nu i t R h é n a n e s » , s i n o t a c om e « l e b r u i t du r i r e » r i e c h e gg i i n t utt a l a r a c c o l t a , un « r i r e » c h e a s s u m e u n c a r a t t e r e s a d i c o e vi o l e n t o, c a pa c e d i de m o li r e i l do l o r e , pr o pr i o c o m e un vetro che si rompe. Il poeta, riprendendo Nietzsche, ha l’aspetto
d i Or f e o c h e vi e ne f a tt o a pe z z i da ll e M e n a d i . I nf i n e , s i a c c o s t a l a f i gur a d i R a b e l a i s , e l a s ua o pe r a Gar gantua e t P antagr ue l , c o n que l l a di A po l li na i r e , a tt r a v e r s o l o s t udi o
3 a ppr o f o n d i t o di «L a m a i s o n de s m o r t s ». L’analogia trovata è il tema del «mourir de rire»,
do v e «l e r i r e » e «l a m o r t » s o n o pe r c e pi t e s i m u l t a ne a m e n t e . I l t e r z o c a pi t o l o a ppr o f o n d i s c e i l c alem bou r , i n qua n t o f o r m a po e t i c a , e m i r a all’osservazione di come il poeta lo utilizza, po i c h é pe r c e p i t o c o m e m e z z o e s e m p l a r e pe r e s pr i m e r e e s us c i t a r e «l e r i r e » . S o n o s t a t i dun que a n a li z z a t i i g i o c hi d i pa r o l e de i s e gue n t i c o m po nim e n t i : « T z i ga n e » , « L e P o n t M i r a b e a u », «L’Ermite», «Zone», « L a B l a n c he n e i ge » , « P a l a i s » . T r a i pr o c e di m e n t i c h e A po l li n a i r e m e tt e i n a t to n e l c r e a r e i s uo i c alem bour s , si esaminano nell’elaborato l’omofonia e la polisemia. Si nota chiaramente
la maestria del poeta nell’accostare immagini incoerenti tra loro in modo c h e , a tt r a v e r s o lo shock, l’inatteso, la sorpresa, si produce « r i r e » , t a l v o l t a l e gg e r o , t a l v o l t a s a d i c o e vi o l e n t o. G l i s t ud i e f f e tt ua t i h a nn o c o n s e n t i t o di r a gg i u n ge r e g l i o bi e t t i vi pr e f i s s a t i . L a po e t i c a d i A po l li na i r e , pur c h é d i ve r s a ne l l o s t i l e e n e ll a f o r m a r i s pe t to a l pe r i o do pr e c e de n t e , b e n s i c o l l o c a a g l i i n i z i d e l XX s e c o l o , da c c h é l a s t e s s a po e s i a è c o n s i de r a t a « A r t pa r e x c e l l e nc e » . Senza dubbio l’artista ha un animo scisso tra tenebre e luce, tra l e gge r e z z a e vi o l e n z a , c h e e m e r ge n e i s uo i s c r i t t i , t a l v o l t a i n m a ni e r a c hi a r a , t a l v o l t a i n m a ni e r a m e n o e vi de n t e . T u tt a vi a , i mm e r ge n do s i n e i v e r s i d i A lcools , s i a vv e r t e qua s i i mm e d i a t a m e n t e «l e b r u i t du r i r e » che fa da sfondo. Attraverso l’impiego dei c alem bou r s , de l l a s t e s s a pa r o l a « r i r e » e di i mm a g i n i , a r r i va a l l e t to r e un «r i r e » , da un l a t o, pa r a g o n a bil e a d un m ugo l i o , ad un suono stridulo, brusco e penetrante, dall’altro un suono tenero, docile e
de l i c a t o . È impossibile non essere d’accordo con Alfre do G i u l i a ni c h e c o m m e n t a : « E’
difficile non amare Apollinaire, pur con tutte le insofferenze che l’amore comporta: è il
po e t a m o de r n o n e l qua l e g li s t r a ni e d i r o m pe n t i c o nt r a s t i s i s o n o c o m po s t i n e ll a p i ù a c c e s a l e gge r e z z a » 2 , e , a ggi u n ge r e m o , «vi o l e n z a » . 2 A . G i u l i a n i , A po l l i nai r e L a c h i am a v ano L ù e al t r e p oe s i e , O s c a r M o n da do r i , M i l a n o , 1984 , p . 5
4 C A P. 1 : L a l e g g e r e z z a d i u n p o e t a L a r i vi s t a pa r i g i na «L’Esprit No uv e a u » , f o n da t a n e l 1920, è e s s e n z i a l e ne l la c o m pr e n s i o n e d i u n a r t i s t a t a n to ge ni a l e qua n t o s ubli m e n e ll a s ua c r e a z i o n e po e t i c a ,
o v v e r o Gui ll a u m e Al be r t Vl a d im i r Al e x a n dr e A p o l li na i r e d i K o s t r o wi t z k y , c o n o s c i ut o s e m p l i c e m e n t e c o m e Gu i ll a u m e A po l l i na i r e . Degno di nota è che l’artista fu il primo ad utilizzare l’espressione « E s pr i t N o uv e a u » dur a n t e un a c o nf e r e n z a da l t e m a «L’esprit Nouveau et les poètes» tenuta il 26 novembre 1917 a P a r i g i . Ne l 1924 l a r i vi s t a « de d i c a a d A po l li na i r e un n u m e r o s pe c i a l e r i c c o d i a r t i c o l i e t e s t i m o ni a n z e » . 3 V i c o nf l u i s c o n o c o m m e n t i d i pe r s o n a gg i d i s p i c c o de l XX s e c o l o n e l campo dell’arte e della letteratura che hanno avuto il privilegio di conoscere di persona
l’artista in questione. R o c h Gr e y , p i tt o r e f r a n c e s e , a f f e r m a dell’artista : « I l s a v o ur e l a vi e m ê m e qua n d i l p l e ur e , i l s e l a i s s e po r t e r da n s l e s p l i s de s a ur o r e s e t de s t e m pê t e s , m a i s il pr é f è r e to uj o ur s l e s a ur or e s […] À c h a c u n l a vi e s o ur i t e t l e m e n a c e d i f f é r e m m e n t , c’est
l a m a ni è r e do n t i l r é a g i t à to u t e s ces surprises qui définit l’écrivain et son art ».
4 P a u l De r m é e , s c r i t to r e b e l ga , s o s t i e ne : « T e l était le curieux esprit d’Apollinaire, prisme aux
multiples facettes qui drapait tout ce qui le traversait du somptueux vêtement de l’arc - en - ciel. Mais son cœur joyeux et pathétique était un autre prisme merveilleux ».
5 F r a n c is P i c a bi a , p i t tor e f r a n c e s e , s c r i v e : « Tel un enfant, il s’amusait de tout, sans jamais voir le
m a u v a i s c ô t é de s c h o s e s ».
6 He n r y He r t z , s c r i t tor e e gi o r n a li s t a f r a n c e s e , d i c hi a r a : « De u x n a t ur e s , tr o i s ? C o m bi e n ? Autant dire que l’univers entière girait autour de sa
t ê t e ».
7 T a l i t e s t i m o ni a n z e c i a i ut a n o a c o m pr e n de r e l a c o m p l e s s a pe r s o n a li t à d i Gu i ll a u m e A po l l i na i r e . E g l i s c e g li e pe r s é t a l e p s e udo ni m o , s c e l t a r i ve l a t r i c e de l s uo a nim o . M i c he l Dé c a ud i n s p i e ga : A po l l o n , d i e u de l a l u mi è r e e t de l a f o r c e po é t i que . W il he il m d e K o s t r o wi t z k y […] s’efface devant Guillaume Apollinaire, fondé I l associe son prénom, ce qui est une manière d’affirmer son identité, à
3 E . Co nt i , « D a l po e t a - a l b a t r o s a l po e t a - t a c c h i n o . S a v i ni o e A po l l i na i r e » i n A l l e g or i a , a c ura d i V a l e n t i na S e s t i n i , n. 48 , s e t t e m b r e – di c e m b r e 2 004, p . 28 - 4 6 4 L’Esprit n ouv e au : revue internationale d’esthétique , P a ri s , n. 26, 192 4, p. 28 5 I vi , p. 51 6 I vi , p. 63 7 Iv i , p. 71